Dois policiais militares foram detidos em Goiânia (GO) após a morte de um homem em um caso que levanta suspeitas de um “confronto forjado”. O Tenente Tiago Nogueira Chaves e o Soldado Igor Moreira Carvalho alegaram em seu relatório que o homem tentou atacar um deles com uma faca, justificando sua execução. No entanto, a versão fornecida pelos policiais foi contestada pela perícia.
Os policiais relataram ter recebido uma ligação no número 190 informando que um grupo de pessoas estaria agredindo um homem que havia tentado estuprar uma mulher. Ao chegarem a um lote baldio, onde avistaram movimentação entre os arbustos, alegaram encontrar um homem em situação suspeita. Contudo, não havia qualquer evidência de vítima de estupro ou populares perseguindo um estuprador. Mesmo assim, o homem foi morto.
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A perícia apontou que os policiais deixaram o local antes da chegada da equipe da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), impossibilitando a coleta imediata de seus depoimentos.
Outro ponto de destaque para os peritos foi a localização da faca, que, de acordo com o relatório, foi movida de sua posição original. “A faca supostamente utilizada pela vítima foi encontrada em um local diferente de onde estava após o crime, sem justificativa aparente, considerando que a vítima já havia sido abatida quando a faca foi removida. Essa alteração relevante na cena do crime pode prejudicar a precisão da perícia,” concluíram os especialistas.