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Bruna Andrade

É jornalista e escritora, com passagens pelos jornais Diário de Goiás e Goiás News e pelas revistas Bravo! e Vida Simples. Escreve aos domingos sobre assuntos ligados à diversidade, comunicação e cultura. Suas colunas são conhecidas por sua profundidade e precisão, abordando desde as últimas tendências tecnológicas até questões sociais emergentes.

PF desmonta esquema ligado ao PCC que causou prejuízo milionário à Caixa

Operação Krampus cumpre mandados em seis cidades e investiga crimes como sequestro de funcionários, explosões a caixas eletrônicos e lavagem de dinheiro

Por: Bruna Andrade

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (17/6) a Operação Krampus, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso associado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeito de envolvimento em ataques contra agências da Caixa Econômica Federal.

De acordo com as investigações, os criminosos teriam causado prejuízo de aproximadamente R$ 13 milhões, além de manterem funcionários sob restrição de liberdade durante as ações e promoverem o arrombamento de terminais eletrônicos em Salvador (BA).

As ordens judiciais foram expedidas pela 17ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia e incluem 10 mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão — tanto em residências quanto pessoais —, além do bloqueio de bens e valores equivalentes ao montante desviado. Uma empresa com atividades suspeitas também teve suas operações suspensas.

As diligências foram realizadas nas cidades de Salvador e Lauro de Freitas (BA), além de São Paulo, Santo André, Barueri e Cotia (SP).

A ação contou com apoio do Ministério Público Federal, da Caixa Econômica Federal (setor de segurança empresarial), da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, da Força Correcional Especial Integrada (Force) e da Polícia Militar baiana.

Modus operandi e lavagem de dinheiro
O inquérito teve como base três ataques registrados em Salvador, nos meses de maio de 2023, outubro e dezembro de 2024. A Polícia Federal identificou a colaboração de um ex-vigilante da empresa de segurança privada contratada pela Caixa, cuja participação foi considerada estratégica para o sucesso das investidas criminosas.

Para evitar flagrantes, os crimes ocorriam durante a madrugada, com as agências fechadas e pouca movimentação nas ruas — o que facilitava a ação do grupo e reduzia o risco de confronto com a polícia.

Durante as apurações, foi descoberto que os investigados usaram pessoas físicas e jurídicas como “laranjas” para dar aparência legal aos recursos desviados. Uma empresa de fachada teve seu capital social artificialmente inflado para mascarar a origem ilícita do dinheiro.

A Polícia Federal informou que a investigação seguirá para identificar novos envolvidos e aprofundar a análise de eventuais crimes conexos.