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Em Aparecida de Goiânia Ex-casal Vai à Justiça pela “Guarda” de Boneca Reborn Famosa na Web

Com perfil popular nas redes sociais, boneca hiper-realista vira centro de batalha judicial entre ex-companheiros de Aparecida de Goiânia; advogada destaca lacunas legais no caso

Por: Charles Borges

Texto: da Redação

 Imagem: Foto Reprodução

Um caso curioso envolvendo um casal de Aparecida de Goiânia tem chamado atenção nas redes sociais e no meio jurídico. Os dois estão travando uma disputa judicial pela posse de uma boneca reborn — modelo hiper-realista que simula um bebê —, que ganhou popularidade nas redes sociais ao ponto de se tornar “personagem” influente na internet.

A história veio a público após a divulgação de um vídeo pela advogada Suzana Ferreira, especialista em direito digital, que foi procurada por uma das partes. Segundo a profissional, a cliente considera a boneca como um membro da família e, mesmo após o fim do relacionamento, afirma que o ex-companheiro insiste em manter laços com a “criança” e reivindica participação na administração do perfil digital vinculado à boneca.

O perfil em questão tem atraído atenção crescente nas redes, com milhares de seguidores e ampla interação, o que ampliou o conflito para além do afeto: tornou-se uma questão de controle de imagem, audiência e, possivelmente, de monetização. A advogada relata que o vídeo em que comenta o caso ultrapassou 3 milhões de visualizações.

Apesar de ter recusado atuar na parte da disputa por “guarda”, alegando que não há respaldo jurídico para tutelar um objeto, Suzana Ferreira se dispôs a intermediar a gestão conjunta do perfil digital da boneca, dada a relevância do tema no âmbito do direito digital. Além disso, foi solicitado judicialmente que os custos da aquisição da boneca e de seu enxoval sejam divididos entre os envolvidos.

Ao finalizar seu relato, a advogada provocou reflexão sobre os novos desafios que o Judiciário pode enfrentar diante de casos semelhantes, em um cenário onde as fronteiras entre o real e o virtual tornam-se cada vez mais tênues.

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