NIQUELÂNDIA (GO) – O que começou como uma tentativa de recomeço terminou em tragédia no início da manhã deste sábado (14), no Setor Belo Horizonte, em Niquelândia. Amabhia Chinagria Pereira da Silva, de 28 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro, com quem havia retomado a convivência após um período de separação e histórico de violência doméstica.
A jovem, que sustentava os filhos com a venda de bolos, doces e trufas, já havia solicitado uma medida protetiva contra o agressor, mas decidiu revogar a decisão ao acreditar nas promessas de mudança. Pouco tempo depois, perdeu a vida de forma brutal.
Leia Também:
Após o crime, o suspeito fugiu levando os filhos do casal. Durante a fuga, se envolveu em um acidente de trânsito. Amabhia chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Municipal de Niquelândia.
Na noite anterior ao crime, Amabhia ainda fez publicações em redes sociais oferecendo trufas e bolos que não havia conseguido vender — mais uma demonstração da luta diária para sustentar os filhos.
Ela era acompanhada pela Patrulha Maria da Penha, iniciativa de proteção a mulheres em situação de risco. Apesar do acompanhamento, decidiu confiar em uma reconciliação com o agressor, gesto que acabou lhe custando a vida.
Dias antes do feminicídio, Amabhia compartilhou uma mensagem nas redes sociais afirmando o amor pelos filhos e o esforço diário para garantir que nada lhes faltasse. O caso reacende o alerta sobre os riscos de reatar relações marcadas pela violência e a necessidade de fortalecer mecanismos de proteção às vítimas.