O número de denúncias relacionadas ao grupo preso por fraude na revenda de carros de luxo continua a crescer, conforme reportado pelo delegado Caio Menezes. A prisão de cinco suspeitos ocorreu na última quinta-feira (13), em Goiânia, e a Polícia Civil segue recebendo novas queixas de vítimas.
Até o momento da prisão, pelo menos 12 pessoas haviam denunciado o esquema. Na manhã desta sexta-feira (14), outras quatro vítimas, incluindo lojistas e compradores particulares, compareceram à delegacia para relatar prejuízos.
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De acordo com as investigações, o grupo fraudava o sistema ao revender veículos que não lhes pertenciam, frequentemente para mais de um comprador. O prejuízo acumulado pode ultrapassar R$ 1,5 milhão. O golpe envolvia faturar o carro em nome do cliente e solicitar um adiantamento, mas o veículo nunca era entregue. Enquanto isso, os criminosos continuavam a aplicar o mesmo golpe em novas vítimas.
“Os golpistas faturavam o carro no nome do cliente e exigiam um pagamento antecipado. Após o valor ser transferido, o carro nunca era entregue. Eles seguiam aplicando o golpe, prejudicando várias vítimas simultaneamente,” explicou o delegado Caio Menezes.
Durante uma entrevista coletiva, Bruno Cotrim, uma das vítimas do golpe, compartilhou sua experiência, relatando um prejuízo de quase meio milhão de reais pela compra de 14 carros que nunca foram devidamente transferidos. “Meu pai comprou uma Hilux, e enquanto esperávamos o documento, foi identificado um gravame, indicando financiamento. Quando questionamos, fomos informados de que o problema seria resolvido, mas continuamos esperando,” contou Bruno.
Conforme a investigação, quatro dos cinco membros da organização criminosa atuavam como intermediários na compra e venda de veículos, enganando tanto concessionárias quanto locadoras e compradores. O quinto envolvido trabalhava em uma concessionária e facilitava a aprovação de documentos e a liberação dos veículos.
“Com a documentação em mãos, eles conseguiam pegar o veículo, que já havia sido faturado em nome do verdadeiro comprador, e revendiam para outras pessoas, causando prejuízos para a concessionária ou locadora e também para o comprador original,” descreveu o delegado Caio Menezes.
As identidades dos suspeitos não foram divulgadas, e as defesas não foram localizadas para comentar o caso. Os envolvidos poderão responder por estelionato, furto qualificado, falsificação de documentos e falsidade ideológica, além de associação criminosa, conforme a Polícia Civil.