Amabhia Chinagria Pereira da Silva, de 28 anos, natural de Porangatu (GO), foi morta neste sábado (14), em Niquelândia, após um histórico de agressões cometidas pelo ex-companheiro, George Marques Peixoto. O caso gerou comoção e reacendeu o alerta sobre os riscos envolvidos na revogação de medidas protetivas.
A primeira denúncia de violência doméstica foi registrada no dia 8 de março de 2025. Na ocasião, Amabhia relatou à Polícia Militar ter sido agredida com um soco no rosto durante uma discussão com George dentro de sua residência. Encaminhada ao hospital, ela teve seu caso encaminhado à Polícia Civil, que solicitou medidas protetivas de urgência.
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A Justiça determinou o afastamento do agressor, proibindo qualquer tipo de contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, além de impedir sua aproximação do local de trabalho da jovem.
Contudo, semanas depois, a própria Amabhia solicitou a revogação das medidas, apresentando um documento manuscrito à Polícia Militar. Mesmo assim, vizinhos continuaram relatando episódios de violência. Em 22 de maio, a jovem afirmou que George estaria cumprindo as determinações judiciais, apesar dos indícios contrários.
No sábado, a irmã da vítima, Núbia Joana da Silva, compareceu à delegacia para solicitar o exame cadavérico, mas não soube informar detalhes do crime. A Polícia Civil registrou o caso como homicídio consumado, com base no artigo 121 do Código Penal.
George Marques Peixoto, que já possui diversas passagens por violência doméstica, é o principal suspeito do assassinato. A investigação segue em andamento.
O caso evidencia a urgência de um olhar mais atento das autoridades e da sociedade diante da gravidade da violência doméstica, especialmente quando a vítima, por medo, pressão ou esperança de reconciliação, opta por revogar a proteção legal.